RISCOS QUÍMICOS – CONHECER BEM PARA AVALIAR MELHOR

Como responsáveis por oferecer as melhores soluções para avaliações de agentes químicos gostaríamos, entendemos a importância em conhecer muito bem os conceitos básicos para estabelecer uma estratégia de amostragem adequada. 

A avaliação quantitativa é parte das principais fases da Higiene Ocupacional e tão importante quanto investir em equipamento adequado é ter um sólido conhecimento teórico e prático sobre todo o processo:

  • Antecipação e reconhecimento dos riscos
  • Avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores
  • Implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia
  • Monitoramento da exposição aos riscos

Mas se estamos falando em conhecer bem, mas porque não começar pelo começo???

Afinal do que são riscos químicos?

Perigo a que determinado indivíduo está exposto ao manipular produtos químicos que podem causar danos físicos ou prejudicar a saúde. Tais como irritação na pele e olhos, passando por queimaduras leves, indo até aqueles de maior severidade, causado por incêndio ou explosão. 

Os danos à saúde podem advir de exposição de curta e/ou longa duração, relacionadas ao contato de produtos químicos tóxicos com a pele e olhos, bem como a inalação de seus vapores, resultando em doenças respiratórias crônicas, doenças do sistema nervoso, doenças nos rins e fígado, e até mesmo alguns tipos de câncer.

Os riscos por sua vez são separados em agentes, estes por sua vez são substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo do trabalhador pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos gases, neblinas, nevoas ou vapores, ou que seja, pela natureza da atividade, de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão.

Vale ressaltar que os agentes químicos podem entrar no organismo dos trabalhadores, por meio de três diferentes vias de penetração: 

  • Via respiratória – é a mais importante via de penetração, dado que a maioria dos agentes químicos se encontram dispersos na atmosfera. O volume de ar respirado durante a jornada de trabalho varia de 7.500 a 15.000 litros e, a troca gasosa exige uma área muito grande, pois os pulmões possuem aproximadamente 90 m² de área;
  • Via cutânea – não é preferida pelos agentes químicos; entretanto, alguns deles escolhem a pele como via de absorção, dentre os quais podemos citar: chumbo tetraelita, benzeno, dissulfeto de carbono, tetracloroetano, entre outros; 
  • Via digestiva – é a menos comum, e sempre está relacionada com hábitos não higiênicos, como fumar, beber e alimentar-se no próprio local de trabalho. 

A diferenciação dos agentes químicos ocorre da seguinte forma:

Foto 01: Classificação dos agentes químicos

  1. Aerodispersóides: São partículas sólidas ou líquidas dispersas no ar e que, pelo seu diminuto tamanho, podem permanecer em dispersão por tempo suficiente para serem inaladas pelos trabalhadores.  Os aerodispersóides classificam-se em: 
  1. Poeiras: São partículas geradas de operações mecânicas de moagem, trituração, esmerilhamento, polietileno etc., tendo diâmetro maiores que 0,5. Como exemplo podemos citar: poeiras de amianto, negro de fumo, carvão e sílica. Costuma-se associar a doença ao tipo de poeira, tais como: asbestose (asbesto), silicose (sílica), bissinose (algodão), antracose (carvão0, berilose (berílio) e bagaçose (bagaço de cana); 
  1. Fumos: São partículas sólidas, produzidas por condensação ou oxidação de vapores de substâncias que são sólidas à temperatura normal; geralmente são menores que 0,5µ. Como exemplos podemos citar: fumos de chumbo, fumos de cobre, fumos de estanho; 
  1. Névoas: São partículas líquidas (gotículas) produzidas por ruptura mecânica de líquidos, tais como a nebulização, borbulhamento e respingo; geralmente são maiores que 0,5µ, e como exemplos podemos citar as névoas de ácidos em geral; 
  1. Neblinas: São partículas líquidas produzidas por condensação de vapores substâncias que são líquidas à temperatura normal. Geralmente são menores que 0,5µ.
  2. Gases e Vapores:
  1. Gás – é toda substância que, em condições normais de pressão e temperatura, está no estado gasoso. 
  1. Vapor – é a fase gasoso de uma substância que, em condições normais de pressão e temperatura, é sólida ou líquida. 

A concentração de vapores de uma substância, a uma temperatura determinada, não pode aumentar indefinidamente; existe um ponto máximo conhecido como ponto de saturação, a partir do qual qualquer aumento de concentração transformará o valor em líquido ou sólido. 

Os gases e vapores classificam-se em: 

  • Os gases e vapores irritantes: São representados por uma grande maioria, e com uma característica em comum: produzem inflamação dos tecidos epiteliais com que entram em contato direto, que se manifestam por coagulação, desidratação, hidrólise etc. Como por exemplos temos; aldeídos, ácido clorídrico, bromo, cloro, flúor, fosgênio etc. 
  • Os anestésicos: São também denominados de narcóticos, tendo como maiores representantes os solventes orgânicos. O efeito anestésico é devido à ação depressiva sobre o sistema nervoso central, exemplos são: metanol, etanol, hidrocarbonetos acetilênicos, éter etílico e hidrocarbonetos parafínicos. 
  • Os asfixiantes: Possuem a propriedade de deslocar o oxigênio do ambiente, propiciando o processo de asfixia, que ocorre no ambiente com deficiência de oxigênio. Como exemplos podemos citar: dióxido de carbono, hélio, hidrogênio, metano e monóxido de carbono. 

Mas afinal o que esse conhecimento ou melhor a falta dele impacta na estratégia de amostragem???

Cada tipo de agente químico tem, uma metodologia adequada de análise, logo qualquer equívoco na identificação e reconhecimento do risco impacta na estratégia da amostragem. 

As formas de coleta e seus respectivos amostradores serão especificados de acordo com o tipo de agente como ilustrado na Foto 02 e Foto 03. 

Foto 02: Agentes químicos e formas de coleta

Dia de Blog é dia de conteúdo completo! Você conhece bem os Riscos Químicos e sabe avaliá-los? 

Como responsáveis por oferecer as melhores soluções para avaliações de agentes químicos, entendemos a importância em conhecer muito bem os conceitos básicos para estabelecer uma estratégia de amostragem adequada. 

A avaliação quantitativa é parte das principais fases da Higiene Ocupacional e tão importante quanto investir em equipamento adequado é ter um sólido conhecimento teórico e prático sobre todo o processo:

➡️ Antecipação e reconhecimento dos riscos;
➡️ Avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;
➡️ Implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia;
➡️ Monitoramento da exposição aos riscos.

Foto 03: Particulados e formas de coleta

Na foto 02 temos os ácidos clorídrico e sulfúrico, como ácidos, a amônia como vapor e a exposição a poeira de ferro e na foto 03, temos as metodologias em função do tipo de poeira. 

E aí, gostou do nosso artigo? Não sabe o que é um tubo de sílica gel, um separador torácico, um amostrador PPI ou um IOM Sampler, então assina para receber nossos informativos que iremos explicar com mais detalhes nos próximos artigos as técnicas aqui mencionadas. 

Não deixe de acompanhar além do nosso BLOG as nossas redes sociais:

Você pode gostar...

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

×